sábado, 22 de agosto de 2009

As piores epidemias (Robert Lamb)

(Traduzido por HowStuffWorks Brasil)

Poucas palavras sintetizam tanto o horror, a miséria e a maldição quanto a palavra "peste". Afinal de contas, as doenças infecciosas causaram muitos danos durante séculos. Elas dizimaram populações inteiras, exterminaram raças, causaram mais mortes que as guerras (em inglês) e desempenharam um papel importante no decorrer da história.
Os homens primitivos encontravam os micróbios que causavam as doenças no ambiente em que viviam, na água que bebiam, no alimento que consumiam. Eventualmente, um surto podia dizimar um pequeno grupo, mas eles nunca se depararam com nada semelhante às doenças dos períodos históricos seguintes. Só depois que o homem começou a formar grupos populacionais maiores é que as doenças contagiosas começaram a se disseminar em proporções epidêmicas.



Um ator finge ser o Anjo da Morte para uma pequena multidão. Ironicamente, o surgimento das doenças epidêmicas acompanha de perto o aumento das cidades populosas.


Uma epidemia ocorre quando uma doença afeta, de forma desproporcional, uma grande quantidade de pessoas dentro de uma determinada população, como uma cidade ou uma região geográfica. Se ela atinge números ainda maiores e uma área mais ampla, esses surtos se transformam em pandemias.
Os seres humanos também ficaram mais expostos a novas doenças fatais domesticando animais, que já possuem seus próprios micróbios. Ficando em contato direto com animais antigamente selvagens, os primeiros criadores deram a esses micróbios a chance de se adaptarem a hospedeiros humanos.
Conforme o homem foi ampliando seu território, ficou mais em contato com os micróbios que, de outra forma, poderia nunca ter encontrado. Com o armazenamento de comida, o homem atraiu criaturas que se alimentam de lixo, como ratos e camundongos, que carregavam mais micróbios. A expansão humana também resultou na construção de mais poços e canais que, com suas águas paradas, eram lugares ideais para os mosquitos portadores de doenças. Como a tecnologia permitiu viagens e comércios mais distantes, novos microorganismos conseguiram se espalhar com mais facilidade de uma região altamente populosa para outra.
Ironicamente, muitos dos pilares da sociedade humana moderna abriram caminho para uma de suas maiores ameaças. E com o nosso desenvolvimento, os micróbios também evoluem. Neste artigo, veremos algumas das piores epidemias que assolaram a humanidade e saberemos como funciona cada doença.

Varíola
Antes que os exploradores, conquistadores e colonizadores europeus começassem a encher o Novo Mundo no início de 1500, as Américas eram a casa de aproximadamente 100 milhões de nativos. Durante os séculos que se seguiram, as doenças epidêmicas reduziram esse número para algo entre 5 e 10 milhões [fonte: Yount]. Embora esses povos, como os incas e os astecas (em inglês), tenham construído cidades, elas não moravam nelas tempo suficiente para propagarem o tipo de doenças que os europeus possuíam, nem tinham domesticado tantos animais. Quando os europeus chegaram às Américas, levaram consigo uma grande quantidade de doenças, para as quais os nativos não tinham defesa nem imunidade.



Fila para vacinação contra varíola em hospital no Bronx

A principal dessas doenças foi a varíola, causada pelo vírus da varíola. Esse vírus começou a afetar os humanos há milhares de anos, sendo que a forma mais comum da doença foi responsável por uma taxa de mortalidade de 30% [fonte: CDC]. A varíola provoca febre alta, dores no corpo e erupções que logo passam de protuberâncias e crostas cheias de líquido para cicatrizes permanentes. A doença é transmitida principalmente pelo contato direto com a pele ou com os líquidos do corpo de uma pessoa infectada, mas também pode se espalhar pelo ar em ambientes fechados.
Apesar da criação de uma vacina, em 1796, a epidemia da varíola continuou se espalhando. Em 1967, o vírus matou dois milhões de pessoas e assustou outras milhares em todo o mundo [fonte: Choo]. Nesse mesmo ano, a Organização Mundial da Saúde liderou uma campanha para erradicar o vírus por meio de vacinações em massa. Como resultado, 1977 marcou o último caso de varíola que ocorreu naturalmente. Efetivamente eliminada do mundo natural, a doença existe apenas em laboratório.

Gripe de 1918
Em 1918, o mundo assistia ao fim da Primeira Guerra Mundial. No fim daquele ano, o número estimado de mortos chegaria a 37 milhões no mundo inteiro e milhões de soldados tentavam voltar para casa. Então, surgiu uma nova doença. Alguns a chamaram de gripe espanhola, outros de a grande gripe ou ainda de gripe de 1918. Independe disso, a doença matou aproximadamente 20 milhões de pessoas em questão de meses [fonte: Yount]. Em um ano, a gripe desapareceria, mas apenas depois de causar um número espantoso de mortes. As estimativas globais variam entre 50 e 100 milhões de fatalidades naquele ano [fonte: NPR]. Muitos a consideram a pior epidemia (depois pandemia) registrada na história da humanidade.



Enfermeiras cuidam de vítimas da epidemia de gripe espanhola de 1918 dentro de barracas de lona, em Massachusetts

A gripe de 1918 não foi causada pelo vírus típico da gripe que vemos anualmente. Era uma nova cepa de micróbio da gripe, o vírus A da gripe aviária H1N1. Os cientistas suspeitam que a doença tenha sido transmitida dos pássaros para os humanos no meio-oeste americano pouco antes do surto. Foi batizada, posteriormente, de gripe espanhola depois que uma epidemia na Espanha matou 8 milhões de pessoas [fonte: NPR].
No mundo inteiro, o sistema imunológico das pessoas estava totalmente despreparado para o novo vírus - assim como os astecas não esperavam a chegada da varíola, por volta de 1500. O transporte de tropas e as linhas de abastecimento no fim da Primeira Guerra Mundial permitiram que o vírus chegasse rapidamente a proporções pandêmicas, espalhando-se para outros continentes e países.
A gripe de 1918 apresentava os sintomas típicos de uma gripe normal, como febre, náusea, dores e diarréia. Além disso, os pacientes freqüentemente desenvolviam manchas escuras nas bochechas. Quando seus pulmões se enchiam de líquido, eles corriam o risco de morte por falta de oxigênio. Aqueles que morreram se afogaram com a própria secreção.
A epidemia desapareceu em um ano, quando o vírus mudou para outras formas menos fatais. A maioria das pessoas, hoje, apresenta algum grau de imunidade a essa família de vírus H1N1, herdada daqueles que sobreviveram à pandemia.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Marche Aux Flambeaux (Cruz e Sousa)


Cruz e Sousa (1861/1898) é um dos mais importantes poetas brasileiros. Sua obra está situada em um movimento literário denominado Simbolismo, que teve início na última década do século XIX.
No poema abaixo ele faz uma crítica à sociedade da época, à falsidade e à hipocrisia das quais ele mesmo fora vítima. Além disso ele consegue perceber que o materialismo e a ciência, frutos da Segunda Revolução Industrial, levavam os homens a um posicionamento mesquinho e mau. Vale a pena ler e ver o vídeo, sobre o retorno dos restos mortais do "Diamante Negro" a Florianópolis, sua cidade natal. No vídeo a autora faz uma crítica em relação àquela mesma sociedade que outrora o execrou, mas que hoje o recebe como em uma "marche aux flambeaux". Uma Marcha das Tochas, destinada a festejar grandes figuras. Vale a pena conhecer um pouco mais e acompanhar a declamação, marcada no poema.

I
B) Rompe na aurora o sol que a terra esbofeteia
Com látegos de chama, iriando o pó e a areia,
Iriando os vegetais de ricas pedrarias,
Dos rubis e cristais das ourivesarias;
Aurora acesa em cor de púrpura de cravos
Opulentos, febris, ensanguinados, bravos;

De ritmos leves de harpa e frêmitos e beijos
Que são da natureza os trêmulos arpejos;
Aurora que sorri, que traz pomposamente
Todo o raro esplendor da luz resplandecente,
Das paisagens louçãs no fúlgido matiz
O aroma a derramar da meiga flor de lis.
Na alegria dos tons os pássaros cantando
Vão as asas abrindo, entre os clarões ruflando,
Asas emocionais, que assim dentre clarões
Palpitam num fervor de alados corações.
E no luxo oriental de etéreo Grão-Mogol
Como um Baco feliz rubro flameja o sol.

II
Filósofos titãs, filósofos insanos
Que destes turbilhões, que destes oceanos
De lutas e paixões, de sonho e pensamentos
Espalhastes no mundo aos clamorosos ventos
A Ciência fatal, talvez como um veneno,
Que os tempos abalou no caminhar sereno;
Filósofos titãs, que os séculos austeros
No flanco da Matéria abris, graves, severos,
Sobre o escombro da fé, da crença e da esperança,
Da civilização o trilho que hoje alcança
No seu aço viril as regiões supremas,
Traçado em novas leis, doutrinas e problemas;
Vós que sois no Saber os monges da existência
E só acreditais na força da Ciência,
Que da morte sabeis os filtros invisíveis,
Narcóticos, sutis, incógnitos, terríveis,
C) Não sabeis, entretanto, apóstolos sombrios,
Como à luz da Ciência os homens estão frios,
Como tudo ficou num doloroso caos
E os seres que eram bons, rudes, egoístas, maus.

Em vão! em vão! em vão! os vossos largos crânios
Lutaram pelo Bem dos Bens contemporâneos!
D) Tudo está corrompido e até mais imperfeito...
Não há um lírio são a florescer num peito,
De piedade, de amor e de misericórdia...
Se brota uma virtude o ascoso vício morde-a,
Envilece, corrompe e abate essa virtude
Com o cinismo revel dum epigrama rude...
E até muita alma vil, feroz, patibular,
Impunemente sobe ao mais sagrado altar.
Por isso vão passar perante a turbamulta
Como abrupta avalanche, enorme catapulta,
Numa marche aux flambeaux, os famulentos vícios
Que cavaram no globo horrendos precipícios,
Os vícios imortais, que infestam tribos, greis,
Povos e gerações, seitas, templos e reis
E que são como a lava obscura da cratera
Que subterraneamente em tudo se invetera.
E) Com toda intrepidez hercúlea de acrobata
Vou sobre eles soltar, gloriosa, intemerata,
A sátira que tem esporas de galhardo
Cavaleiro ideal que joga a lança e o dardo.

Vou com esse altanado e muscular esforço
De quem galga triunfal o soberano dorso,
A crista vigorosa, altiva, sobranceira,
Da mais agigantada e vasta cordilheira.

III
Lobos, tigres, chacais, camelos, elefantes,
Hipopótamos, ursos e rinocerontes,
Leopardos e leões, panteras acirrantes,
Hienas do furor, membrudos mastodontes,
Tredas feras do mal, soturnos dromedários,
Serpentes colossais que rastejais na treva,
Monstros, monstros cruéis, medonhos, sanguinários,
Cuja pata esmagante a presa aos antros leva;
Ó ventrudos judeus, opíparos, obesos,
De consciência obtusa, ignóbil e caolha
Que no mundo passais grotescamente tesos
Com honras de entremez e grandezas de rolha;
Gafentos histriões, ridículos da moda,
Que fingis entender Berlim, Londres, Paris,
Mas nos altos salões, por entre a fina roda,
Meteis sordidamente o dedo no nariz;
Brasonados truões, inúteis como eunuco,
Que as pompas ostentais de aurífero nababo
Mas apenas valeis como um limão sem suco,
Tendes rabo no corpo e dentro d'alma rabo;
Nobres de papelão, milionários vândalos
De ventre confortado e rosto rubicundo,
Que no torvo cancã, no cancã dos escândalos
Sois o horrendo espantalho, a ignomínia do mundo;
Ó deuses do milhão, ó deuses da barriga,
Que sentindo a aguilhada intensa da luxúria
Buscais a mais em flor e linda rapariga
Para então vos fartar na luxuriante fúria;
Gamenhos de toilette e convicções de lama
Onde tudo afinal se atola e se chafurda,
Que do clube e do sport sintetizais a fama
Mas tendes para o Bem a fibra sempre surda;
Palhaços, clowns senis, hediondos borrachos
Que aos trambolhões urrais afora no universo,
Desdenhando de tudo e até rindo dos fachos,
Do clarão do saber em toda a parte imerso;
Almas negras, servis, d’ergástulos caóticos,
Gerado no paul das lúgubres voragens,
Do crime nos bulcões, nos vícios mais despóticos
Aos quais tanto rendeis eternas homenagens,
Manequins, charlatães, devassos do bom-tom,
Que viveis nas Babéis das grandes capitais
Apodrecendo sempre infamemente com
O cancro do dinheiro as forças virginais;
Mascarados tafuis de gordos ventres de ouro,
Ó bonzos do deboche e cínicos esgares,
Que sois o único sol esterlinado e louro
Das parvas multidões, das multidões alvares;
Fidalgos de barril, sicofantas, malandros
Do templo e do bordel, da crápula de harém
Que ao puro mar do Ideal, com torpes escafandros,
Arrancais, p'ra vender, a pérola do Bem;
Ó trânsfugas, ladrões que difamais a terra,
Que tudo poluís, do próprio lodo à flor,
À serena humildade, intrepidez da guerra.
Aos beijos maternais, ao nupcial amor;
Espíritos de treva, espíritos de barro
Que enegreceis de horror o sangue das papoulas
E das ostentações vos aclamais no carro,
Cobertos de cetins, arminho e lantejoulas;
Que se vem de repente o Nada sepulcral
Nunca deixais, sequer, no tétrico leilão,
No leilão da memória, estranho, universal,
Nem um som a vibrar do estéril coração!
Dentre feras brutais de ríspidos penhascos
E a torrente caudal de rijos versos francos
E a zombaria e o riso e as sátiras e os chascos,
Nesta marche aux flambeaux ides passar, aos trancos!
Do mundo os naturais, zoológicos museus
Despejem para fora as pavorosas massas,
Para virem reunir-se aos tábidos judeus
Irromper e seguir e desfilar nas praças.
Que a cada mata, a entranha, o seio virgem se abra
Jorrando tigres, leões, panteras do seu centro
F) E na dança infernal, estrupida, macabra,
Siga a marche aux flambeaux pelo universo a dentro.
Gargalhadas abri a rubra flor sangrenta
Da humanidade vã na amargurada boca,
Vai agora passar a marcha truculenta
Sob o espingardear duma ironia louca.
E desfila e desfila em becos e vielas
E torna a desfilar por vielas e por becos,
Às risadas da turba, estultas e amarelas
Que têm o áspero som de gonzos perros, secos...
E desfila e desfila, estrídula e execranda,
Das praças na amplidão, rugindo em mar desfila,
Enquanto além dardeja, heróica e formidanda,
A metralha do sol que rútilo fuzila...
E mastodontes vão de braço dado a sérios
Burgueses que já são bem bons comendadores
E marqueses de truz, com ares de mistérios,
De lunetas gentis e aspectos sonhadores
Dão o braço fidalgo e airoso das nobrezas
Aos ursos boreais, enquanto os conselheiros,
Os condes, os barões, os duques e as altezas
Lá vão de braço dado aos lobos carniceiros.
E nessa singular, atroz promiscuidade,
Animais e truões de catadura suína,

Gordalhudos heróis da infâmia e da maldade,
Vendidos da honradez, velhacos de batina
Bobos, cães, imbecis, humanos crocodilos
E déspotas, jograis, todos os miseráveis
De todas as feições e todos os estilos,
Uns aos outros lá vão jungidos, formidáveis!...
G) Mas a marche aux flambeaux derrama um pesadelo,
A agonia dum tigre, em sonhos, sobre um ventre,
Agonia mortal que envolve tudo em gelo...

E desfila e desfila entre sarcasmos e entre
As sátiras-fuzis, relampejando açoite,
Por essa imensa aurora, estranhamente imensa
Por um sol que angustia e que não tem da noite
Para a Miséria a sombra atenuante e densa.
Os vícios, as paixões, os crimes, ódios e erros,
Na marcha, de roldão, caminham fraternais
Com bandidos, vilões, burgueses rombos, perros
E focas e mastins, macacos e chacais.
Aos sobressaltos vão como visões, fantasmas
Bichos de toda a casta, anões de chapéu alto,
Deixando em convulsão todas as almas pasmas
E o globo num tremendo e fundo sobressalto.
E nas praças, ao sol, confundem-se os bramidos,
Os uivos com a expressão humana misturados,
Através do sussurro e bruscos alaridos
Das chacotas bestiais, dos risos trovejados.
E segue e segue e segue, afora, légua a légua
A) Essa marche aux flambeaux, ciclópica, estupenda
Caminha atravessando um longo sol sem trégua,
Um dia secular, um dia de legenda;
Caminha atravessando um sol de foco aberto,
Por um dia fatal, interminável, mudo,
O dia do remorso, aterrador, incerto
Que em todo o coração crava um punhal agudo.

Mas eu quero assim mesmo, eu quero-vos assim,
Em marcha tropical, à crua e ardente luz
Que vos seja uma febre indômita, sem fim,
Um cautério de fogo a vos queimar o pus
Venéreo da Moral, carbonizando-o até
Para que nunca mais se sinta dele a origem
Nem volte, como sempre, então, a ser o que é,
Deixando-vos no mundo inteiramente virgem;
Eu quero-vos assim, de fachos apagados,
Apagados, ao alto, os joviais flambeaux,
Que os tereis de acender nos campos ignorados
Que de sóis de Vingança a Eternidade arou.
H) E depois de vagar às sátiras de todos,
Na evidência da luz, numa perpétua aurora;
De caminhar ao sol, por tremedais, por lodos,
No tédio do sarcasmo, o tédio que a devora,
Essa Marcha afinal penetrará aos urros,
Titânica, sinistra e bêbada, irrisória,
Num caos de pontapés, coices, vaias e murros,
Na eterna bacanal ridícula da História.

sábado, 16 de maio de 2009

AS FANTÁSTICAS OBRAS DE GUSTAVE DORÉ (Juliana Vasconcelos 1ºM2‏)



Paul Gustave Doré, nasceu em Estrasburgo, em 6 de janeiro de 1832, e morreu em Paris 23 de janeiro de 1883.

Foi um excelentíssimo pintor e ilustrador francês. Seu estilo é mais voltado para a fantasia, mas fez trabalhos claramente sóbrios sobre lugares pobres de Londres.

Gustave era filho de um engenheiro, começou a desenhar aos treze anos de idade e, aos quatorze, publicou seu primeiro álbum: “ Os trabalhos de Hércules”. Aos 15 anos, dignou-se a ser caricaturista do “journal pour rire”.

Aos seus “plenos” dezesseis anos, após a morte de seu pai, passa a maior parte de seu tempo com sua mãe.

Ele teve participações, em várias obras literárias importantíssimas.

O que mais agravou sua carreira como pintor, foi o pedido de desenhos em madeira, baseados na obra “ A Divina Comédia” de Dante Alighieri, que é reconhecido, claramente, como o seu mais fabuloso trabalho.

Doré morreu aos 51 anos de idade, pobre, todo dinheiro que havia ganho com seu trabalho foi usado para quitar dívidas. Seu último trabalho foram ilustrações para uma edição não divulgada de Shakespeare.

sábado, 25 de abril de 2009

Elephant Gun (Beirut)

Um dos sons que mais sucesso fez neste início do ano foi a música da minissérie “Capitu”, transmitida pela Rede Globo de televisão. “Capitu” é uma versão do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, em que um narrador de meia idade (que se acha velho e enfastiado) conta as “reminiscências de sua vida” para justificar o apelido, dado por um poeta.
Bento Santiago, o “Dom Casmurro”, precisa se convencer (e convencer o leitor) da traição de Capitu, a namoradinha de adolescência que se tornou esposa, com seu melhor amigo (Ezequiel de Sousa Escobar).
O problema está no fato de que Bento Santiago nunca conseguiu se livrar desta paixão avassaladora por Capitu, a moça dos “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, e isso faz com que ele queira (ao colocar as lembranças no papel), “atar as duas pontas da vida”, ou seja, reviver aquelas emoções intensas que havia vivido aos 15 anos. Como não consegue, sofre.
A minissérie tem momentos importantíssimos, que o leitor desatento não consegue perceber na obra escrita, como a insinuação dos constantes disfarces de Capitu, forma que o narrador encontra para sugerir a capacidade de dissimulação da menina que era mais mulher do que ele era homem.
Perceba na música a insinuação do narrador, ao dizer que “se fosse jovem... fugiria desta cidade.../...esconderia meus sonhos debaixo da terra”, uma clara necessidade de evasão para outro lugar que não o que o faz lembrar do passado, como o Bento Santiago em relação ao Rio de Janeiro do Engenho Novo/Matacavalos.
Em “Longe de casa, com armas de caça/Vamos abatê-los um por um/Nós vamos derrubá-lo, ele não foi encontrado, não está por aí” há uma nítida relação com estas “inquietas sombras” do passado, que teimam em não abandonar o narrador-protagonista, ou ao ciúmes doentio que assolou sua vida de inseguro filho único de mãe viúva.
E é ele mesmo que sente na consciência os versos: “E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite/E ele rompe através da noite, a noite toda, toda a noite”.... Até que a morte os separe.

Dê uma conferida na letra, na tradução e veja o vídeo.


If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight

Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all
That I hide
C
omposição: Ryan Condon; Zach Condon

Tradução

Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Eu esconderia meus sonhos debaixo da terra
Assim como eu, nós bebemos até morrer, nós bebemos à noite

Longe de casa, com armas de caça
Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derrubá-lo, ele não foi encontrado, não está por aí

Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos os grandes animais

Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos os grandes animais

E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através da noite, a noite toda, toda a noite
E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através do silêncio, tudo o que resta é que eu me esconda...

Pichações e grafitagens


As pichações representam um problema crônico das grandes cidades no mundo inteiro. Mas a história dá conta de que a pichação e a grafitagem são práticas existentes há muito tempo nas sociedades humanas. Registros históricos revelam que já eram praticadas na Antigüidade, tendo sido, inclusive, muito úteis para arqueólogos e historiadores. O maior exemplo é a antiga cidade de Pompéia, cujas pichações deixaram valorosos registros sobre a vida cotidiana da comunidade que ali habitava.
A grande questão, no caso, é se devemos ou não considerar as pichações e os grafites como formas de poluição visual. À primeira vista, parecem apenas formas de expressão, como tantas outras. Mas, dado o efeito que provocam nos grandes centros urbanos, fica claro que não podemos tratá-las como condutas que revelem simples formas de expressão. Até porque, representam ofensa a direitos de terceiros e da própria coletividade.Segundo o Dicionário Houaiss, pichar é escrever ou rabiscar dizeres de qualquer espécie em muros, paredes ou fachadas. Já a grafitagem está relacionada a inscrições ou desenhos realizados em épocas antigas. Portanto, a origem da palavra pichação conecta-se com a veiculação de mensagens escritas. São mensagens diretas, sem muita elaboração, desprovidas de caráter artístico. Já o grafite, de acordo com suas origens morfológicas, seria uma forma de expressão artístico-visual (plástica ou não) que utiliza um conjunto de palavras e/ou imagens a fim de transmitir uma mensagem de reflexão. Poderíamos exemplificar como sendo um ato de pichação a escrita do nome de um grupo em uma determinada fachada, ou ainda, o símbolo deste. Igualmente, as palavras de apoio ou repulsa a determinado partido político poderiam ser considerados atos de pichação.Mesmo se tratando de duas formas de expressão distintas, a legislação brasileira igualou os comportamentos, fazendo-os receber o mesmo tratamento na esfera criminal. Antes da publicação da Lei dos Crimes Ambientais, o problema era tratado conforme o disposto no artigo 163 do Código Penal. Este definia o ato de pichar como "destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia". O responsável poderia ser punido com pena de detenção que variava de um a seis meses, ou multa. Caso o patrimônio deteriorado fosse público, o pichador sofreria uma pena mais grave: de seis meses a três anos de detenção, e multa.A tipificação da conduta do pichador foi precisada mais recentemente, no artigo 65 da Lei dos Crimes Ambientais, que incrimina aquele que "pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano", imputando-lhe uma pena de detenção que pode variar de três meses a um ano de detenção e multa. O mesmo artigo, em seu parágrafo único, agrava a pena mínima para seis meses, quando o ato for realizado em depreciação de monumentos ou bens tombados em razão de seus valores artísticos, arqueológicos ou históricos.Ou seja: a pena foi agravada para os casos em que as pichações são cometidas em bens privados, e atenuada para as ocorrências em bens públicos. Basta fazer a comparação. Uma pichação contra o patrimônio privado, segundo o artigo 163 do Código Penal, seria punida com uma pena de um a seis meses de detenção, ou multa. Pela Lei dos Crimes Ambientais, a pena será de três meses a um ano de detenção e multa. Agora, se o delito for praticado contra bem público, independentemente de se tratar de monumento ou bem histórico, pela legislação anterior, seria punido com pena de detenção de seis meses a três anos e multa. Atualmente, a mesma conduta receberá uma pena de seis meses a um ano de detenção e multa. Mas isso somente quando for realizada contra patrimônio histórico. Se realizada na fachada de um prédio administrativo, por exemplo, receberá o mesmo tratamento dispensado às propriedades privadas.

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